A verdade que não te contaram

Por Marcilio Maran — Maran em Foco

“Reunião histórica da ONU em 1947, presidida pelo diplomata brasileiro Oswaldo Aranha, que resultou na aprovação do Plano de Partilha da Palestina e na criação do Estado de Israel.”

A desinformação na guerra

Em tempos de redes sociais e notícias instantâneas, muita gente acaba sendo manipulada por narrativas parciais, boatos e fake news. O conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas é um exemplo claro de como a informação pode ser usada como arma. Aqui, quero resumir os fatos históricos e atuais para que você, leitor, compreenda melhor o que está acontecendo.

A criação de Israel e a divisão da Palestina

Em 29 de novembro de 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Resolução 181, que propunha a divisão do território do então Mandato Britânico da Palestina em dois Estados: um judeu e outro árabe. A sessão foi presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha, figura central naquele processo.

No dia 14 de maio de 1948, David Ben-Gurion proclamou a independência do Estado de Israel. No dia seguinte, países árabes vizinhos — Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque — declararam guerra à nova nação. Era o início de uma longa disputa que atravessaria décadas.

Guerras e territórios

Entre os principais marcos desse conflito está a Guerra dos Seis Dias (5 a 10 de junho de 1967), quando Israel enfrentou Egito, Síria e Jordânia ao mesmo tempo e obteve uma vitória militar expressiva. O resultado foi a ocupação de territórios estratégicos como a Faixa de Gaza, a Cisjordânia, Jerusalém Oriental, as Colinas de Golã e o Sinaí (posteriormente devolvido ao Egito em acordo de paz).

Esses territórios permanecem até hoje no centro da disputa e alimentam ressentimentos históricos.

O ataque de 7 de outubro de 2023

No dia 7 de outubro de 2023, o grupo terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, lançou uma ofensiva sem precedentes contra Israel. Foram milhares de foguetes e incursões terrestres, atingindo comunidades civis, festas populares e kibutzim (comunidades agrícolas coletivas típicas de Israel).

Nesse ataque, cerca de 1.200 pessoas foram assassinadas e centenas feitas reféns, incluindo crianças e idosos. Muitas execuções foram gravadas e divulgadas pelos próprios agressores, demonstrando extrema brutalidade. O episódio marcou um divisor de águas na escalada do conflito.

A resposta israelense e a crise humanitária

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou as Forças de Defesa de Israel (IDF) para iniciar uma ampla ofensiva militar contra o Hamas em Gaza. Desde então, ataques aéreos e operações terrestres vêm sendo realizados, com o objetivo declarado de destruir a infraestrutura do grupo terrorista.

Por outro lado, a população civil da Faixa de Gaza enfrenta uma grave crise humanitária, com falta de alimentos, água potável, energia elétrica e serviços médicos. Milhares de inocentes morreram, e a comunidade internacional pressiona por cessar-fogo e ajuda humanitária.

Reflexão e opinião

É importante compreender que há palestinos reféns da violência do Hamas, vivendo sob o controle de um grupo que não representa todo o povo. Também é verdade que israelenses convivem diariamente com a ameaça de ataques terroristas.

O caminho para a paz exige coragem: responsabilizar grupos que atacam civis, proteger inocentes de ambos os lados e criar soluções políticas que permitam convivência. Sem isso, o ciclo de ódio tende a se perpetuar.

Como cristão e comunicador, acredito que a verdade deve ser buscada acima de tudo. Jesus disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). Que essa verdade ilumine o coração de todos os inocentes, para que um dia a paz seja possível em uma região marcada pelo sofrimento.